- Oi, tudo bem? – Feijoada linda.
- Espero que goste de samba.
- Gosto de tudo!
- Quer cerveja?
- Na verdade eu queria um vinho tinto seco chileno, tem? (ousadia quadrada, em nome da vontade - não é um crime, é apenas uma vontade).
(terceiro ouvindo) – Hã? Vinho? Nesse calor (repare no estereótipo e padrão redondo aqui!!!), cara, feijoada é com uma bera bem gelada. Que idiota, no mínimo quer aparecer. Todo mundo ta tomando bera (esse comentário não precisa de detalhes, ele se explica no mais clássico dos clássicos redondos)
Não precisarei ir alem no exemplo. Existem várias leituras:
Talvez sim, ele queira se mostrar – mas isso é dele e problema dele. O que eu tenho a ver com isso? Nada, redondo.
Ou, ele realmente quer um vinho, odeia cerveja e gosta do gosto da uva. Simples assim.
Não existe nada além de um pedido.
Não existe um motivo. Existe uma vontade.
Ser quadrado é assim – contra o senso coletivo comum que suprime o mais belo ato de “ser”, de querer, de autonomia.
Declinar-se ao desejo dos outros, anular, (torpe e turvo, sem racionalidade apenas pelo motivo de sempre ter sido assim) é pouco para um quadrado. É redondo.
Be quadrado. Always.
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