Bati na porta.
Não, não havia problema nenhum pra mim se eram 03:17 da madrugada. Eu havia levantado a pouco tempo e também havia tomado banho. Meu hálito até exalava pasta de dente. Pena que não tão forte assim, pois comprei a pasta de dente mais barata semana passada. Estamos no fim do mês, a grana é curta. Nesse estágio compro tudo do mais barato do mercado.
Chovia forte. Eu havia até passado ferro na camisa, tentei chegar o mais apresentável possível. Mas chovia forte e eu estava encharcado. Bem, não sei se isso realmente importava. Eu estava ali, de pé, de fronte e batendo na porta.
Ninguém vinha atender. O que acontece? Ninguém em casa, em plena terça feira de madrugada? Impossível.
Saquei o telefone e liguei no residencial.
Chamou, chamou e não atendeu.
Tentei do celular.
Chamando.
(...)
- Alô?
- Você não me atende.
- O que você quer?
- Está tudo bem com você? Eu pensei em você.
- Foi você que ligou no residencial?
- Foi sim. Eu até ouvi chamando. Mas você não atendeu.
- Ouviu chamar?
- Sim.
-Você... você está batendo na minha porta?
- Sim.
- O que você quer a essa hora da madrugada?
- Você tem amaciante de roupas?
...
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